sábado, 23 de abril de 2011

escuridão


Perdido na imensidão de um mundo sem resposta
Perante o covil fúnebre e tenebroso da solidão. Encontro-me.
Não há para onde correr
Meus olhos buscam uma luz, uma saída
Em vão, pois nada encontram
Será esse meu destino?!

Essa busca desenfreada por respostas
Atormenta-me dia-a-dia
Quão difícil é superar minha guerra pessoal
E se há um consolo...
É que todos passarão por tal batalha

As horas teimam passar vagarosamente
Penso estar estagnado no tempo e espaço
Porém, sem dar-me conta...
Que tudo está mudando, sem sair do lugar!

Incompreensivelmente louco esse delírio embriaga-me
Como um doce veneno
Deixo-me envolver aos poucos...
Sentindo á noite cair.




A mesma não chega em vão
Vem trazer a tona essa angustia que atormenta o pensamento de um pobre louco
Fugir, não há mais chance
Agora resta enfrentar demoradas horas
Que tão longínquas estão de terminar

Então me fortaleço com as palavras que surgem em meus pensamentos
Aos poucos tomam forma
Já não são mais minhas
Agora são do mundo, elas não foram feitas para serem presas
Necessitam de espaço para voar

Pequenas palavras, contudo possuem grande poder
Estão sempre prontas a acompanhar-me em minha jornada
Tão curta ou longa ela for, não importa, estão sempre ali.

Sem fugir de meus medos, a escuridão se foi!
Sei que a mesma voltará
Espero ansioso, pois a cada batalha que venço
Torno-me mais forte

Construindo nesse mudo meu reinado.
Ele pode não ser conhecido por todos
Mas está sendo escrito por um único alguém
Um alguém alias...
Que já não mais teme a escuridão

Nenhum comentário:

Postar um comentário