sexta-feira, 25 de março de 2011

querer entender, nem sempre é poder...

Final da tarde e um garoto sózinho ainda vagueia pela rua,  ele é observado por um homem de meia idade que vê naquele garoto resticios de sua infancia longinqua, observa cada passo do menino que por sua vez nem nota. ele esta de cabeça baixa, com um olhar tristonho de quem pensa estar sózinho em uma ilha. o homem não se contem e vai falar com o menino.
- olá garoto!, vc parece estar meio triste?por quê?
- é que não consigo entender os adultos. - responde o menino
o homem fica sem entender como quem não esperava essa resposta, talves pensava que o garoto estivesse triste por algum motivo mais simples, e não por algo tão complexo para sua idade.
- o quê voce não entende? diga-me talves possa ajuda-lo- fala o homem ainda sob o efeito da pergunta.
- de verdade, voce os intende ???- indaga o garoto
- sim, sim, os vejo todo o dia e também converso e trabalho, vivo com eles o tempo todo, e posso te dizer eles não são tão estranhos, até são sem graça muitas vezes. vamos pergunte o quê deseja saber! - fala confiante o homem, como se possuisse todas as verdades do mundo.
- Por quê os adultos odeiam??? - indaga o garoto.
o homem, com certeza não esperava essa pergunta, não estava preparado para isso alias ninguém está. Mesmo assim ele pensa, pensa, minutos angustiantes de um silencio mutuo, os dois ficam ali na esperança que possam se ajudar. sim que possam pois agora não só mais o menino quer uma explicação, o grande sábio de instantes atras ja não está mais ali, rodeado de seus pensamentos em uma busca agonizante por alguma resposta algo para satisfazer ou pelo menos enganar. mas não! não ha nada, nada além do silêncio de uma pergunta sem explicação sólida, com bases firmadas.
- tenho que ir, minha mãe me espera.- despede-se o garoto.
o homem nem responde está perdido na imensidão de seus pensamentos , voltou ao passado voltou a ser aquela criança. de nada adiantou todos os anos de vivencia., uma simples pergunta, o fez compartilhar do sentimento daquele menino ,por alguns instantes, mas o bastante para ele também perceber que ainda existe uma criança em si.

Nenhum comentário:

Postar um comentário